Apresentção do projeto "Network analysis with Input-Output Matrix" para banca avaliadora como requisito para conclusão da graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Paraná. O projeto consistiu na análise de matrize insumo-produtos de países selecionados com o método de redes (Networks).
Resumo:
A estrutura produtiva de um país ou de uma cadeia de valor é um dos vetores do desenvolvimento econômico. A diversificação produtiva e a interconexão entre os diversos elos de toda a cadeia produtiva forma uma rede complexa de interaçõoes e, de acordo com modernas teorias do desenvolvimento, quanto mais diversificada, densa e interconectada é uma economia, maior é seu grau de desenvolvimento econômico. Partindo desse pressuposto, o presente trabalho tem como objetivo principal analisar a interconectividade setorial da economia por meio do método de análise de redes, de dez países selecionados, sendo cinco em desenvolvimento do Sul - Brasil, Rússia, Índia, China e Méexico - e os outros cinco países desenvolvidos do Norte- EUA, Alemanha, Reino Unido, Noruega e Coreia do Sul - seguindo a lógica dos modelos Norte-Sul. Para isso, fez-se uso das matrizes insumo-produto destes países e, partindo da teoria dos graphos, estudou-se o grau de interconectividade entre os 56 setores disponíveis de cada matriz, testando os conceitos estatísticos desenvolvidos pela teoria de networks e traçando paralelos práticos de seus significados lógicos e matemáticos, sob a ótica econômica, a fim de encontrar padrões e mudanças na interconectividade setorial das economias no tempo, entre 2000 e 2014, além de comparar semelhanças e diferenças entre a estrutura produtiva dos países do Norte e do Sul. Foi possível observar que entre os países desenvolvidos não há muita semelhança estrutural. Alguns possuem economias mais diversificadas como Noruega e Coreia do Sul quando comparado aos demais. Além disso, as economias desenvolvidas do Norte que são menos diversificadas enfrentam diminuição da complexidade durante o peréodo analisado. Comparativamente, os países do Norte possuem maior concentração setorial do que os do Sul, mesmo que a diferença não seja muito expressiva. Outro ponto importante é que não houveram grandes mudanças estruturais no período observado em nenhuma das nações, visto que os setores centrais em 2000 continuaram sendo importantes em 2014. No entanto, é preciso destacar que países como Noruega e Coreia do Sul, apresentam participação expressiva de setores intensivos em tecnologia. Todos os países possuem a fortes conexões com o setor agrícola, mas a dependência é maior para Brasil, México e EUA.
Palavras-chave: Análise de Networks. Matrizes Insumo-Produto. Teoria dos Graphos.